Disjuntor geral: Como dimensionar corretamente?

03/11/2020
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Disjuntor

O Disjuntor geral é um dos principais componentes de um projeto elétrico predial. 

Item de extrema importância, o disjuntor geral é responsável pela segurança de toda a instalação, ou seja, serve para garantir o funcionamento dos os equipamentos e a tranquilidade das pessoas.

É muito comum, entretanto, que dúvidas apareçam e até atrapalhem o andamento do trabalho.

Porém, é possível seguir alguns passos simples, usando seus conhecimentos teóricos e práticos como base para não ter nenhum problema.

E então, quer saber como dimensionar o disjuntor geral de sua instalação predial

Então continue a leitura deste post!

Entenda o disjuntor geral

Você já deve conhecer a função do disjuntor, que é um dispositivo eletromecânico de proteção de instalações elétricas. 

Ele atua, sobretudo, em caso de curtos-circuitos ou sobrecargas, desarmando e abrindo os circuitos.

Ou seja, o disjuntor geral de uma instalação é o principal de uma instalação predial, servindo para proteger todos os outros, responsáveis cada um por um circuito. 

Ele jamais deve ser instalado sozinho, ou seja, deve ser instalado agregando todos os circuitos da instalação sem o uso dos parciais, que também são de muita importância!

Variação do disjuntor geral

Disjuntores são dispositivos capazes de atuar na proteção de circuitos que entram em curto-circuito ou em casos de sobrecorrente

Sua atuação ocorre, entretanto, quando existe uma corrente superior à que ele suporta.

Com isso, ele interrompe o fluxo de energia instantaneamente e evita prejuízos aos equipamentos que estão ligados a ele.

Para se determinar o melhor disjuntor para cada tipo de circuito elétrico é analisado inúmeros fatores, tais como tipo da rede elétrica, os cabos elétricos empregados no circuito e os equipamentos que estarão sendo protegidos.

No mercado existem alguns tipos de disjuntores específicos para cada tipo de instalação elétrica, como por exemplo os disjuntores unipolares, bipolares e tripolares, que são aplicados em redes monofásicas, bifásicas ou trifásicas.

Seletividade

Seletividade é a propriedade que uma instalação possui de que em caso de falta, somente abrir o dispositivo de proteção contra curto circuito, neste caso o disjuntor que estiver mais próximo do ponto de falta, isso garante que a parte do circuito que ficará desligada e inoperante seja a menor possível.

Em nossa casa quando ocorre um curto em uma tomada, o ideal é que apenas o circuito da tomada seja desligado e o resto da instalação continue em funcionamento, isto é a seletividade. 

Para que que ocorra a seletividade é necessário que os disjuntores estejam corretamente dimensionados.

Fator de demanda do disjuntor geral

Conhecendo os circuitos e as cargas agora é hora de entendermos o que é o fator de demanda.

Em um circuito de tomadas de uso geral, por exemplo, que tenha 1100W de potência total e este circuito tenha 10 tomadas, entendemos que cada tomada tem 110W para ser utilizada se todas as tomadas forem utilizadas ao mesmo tempo na potência máxima, mas sabemos que em uma instalação residencial dificilmente isso vai acontecer. 

Nestes casos utilizamos o fator de demanda adequado, para aproximar a potência que realmente é utilizada de forma a dimensionar o disjuntor para uma corrente mais próxima da média de utilização, garantindo assim uma melhor proteção e seletividade.

Os fatores de demanda são calculados e disponibilizados em tabelas pelas concessionárias em suas normas de distribuição.

Para instalações residenciais usaremos dois fatores de demanda, um que agrupe os circuitos de tomada de uso geral (TUG) e circuitos de iluminação, e um segundo fator de demanda para os circuitos de tomadas de uso especial (TUE).

Separe a instalação completa em circuitos

Para chegar no dimensionamento do disjuntor geral, é preciso que a instalação já tenha sido devidamente dividida em circuitos de utilização.

Dividir os circuitos das instalações é um passo fundamental, mas muitas vezes ignorado.

Não é nada raro encontrar todo tipo de instalações em que um só disjuntor tem sua função de proteção para circuitos de chuveiros e iluminação, por exemplo.

Tomadas de uso geral (TUGs), tomadas de uso especial — equipamentos com potência mais alta — (TUEs), iluminação, um chuveiro separado de outro (e quantos mais houver na instalação): cada grupo deve ter a potência de uso calculada, somando as potências individuais dos equipamentos previstos para serem utilizados.

Encontre as potências dos circuitos do disjuntor geral

Cada circuito deve ter a potência de uso calculada, somando as potências individuais dos equipamentos previstos para serem utilizados. Caso você não tenha acesso a esse cálculo, é possível utilizar a corrente calculada para os circuitos (e para seus disjuntores) para chegar aos valores das potências.

Para calcular as potências dos circuitos, basta simplesmente utilizar a fórmula do cálculo da potência de um circuito simples:

P (potência) = V (tensão) x I (intensidade de corrente)

Sendo assim, você deve considerar a potência de uso que calculou por meio da soma das potências dos equipamentos e dividir pela tensão. Fique atento à instalação para utilizar o valor correto de tensão, que poderá ser 127V ou 220V.

Guarde o valor encontrado para cada circuito e identifique o tipo de cada um — no próximo passo isso será fundamental.

Aplique os fatores de demanda dos circuitos do disjuntor geral

Os fatores de demanda são valores aplicados aos circuitos de acordo com a frequência de uso dos equipamentos que se encontram em cada um. Eles servem para ponderar a soma das potências dos aparelhos que podem se conectar.

Isso significa que a possibilidade de uso simultâneo de vários equipamentos é levada em consideração. Quanto mais tomadas de uso geral, por exemplo, menores são as chances de todas estarem em uso ao mesmo tempo.

Dessa maneira, é possível chegar a um valor mais razoável de potência a ser consumida em toda a instalação, encontrando o disjuntor mais adequado sem riscos de superdimensionamento.

Os fatores de demanda são disponibilizados pelas concessionárias de energia, e podem ser encontrados facilmente em suas páginas na internet. Com eles em mãos, basta multiplicá-los pelos valores das potências de cada circuito, conforme o tipo.

Some as potências e encontre a corrente geral do disjuntor geral

Agora que você tem as potências de cada circuito, considerando sua utilização, some todas elas! Na sequência, basta inverter os termos da fórmula do cálculo de potência e encontrar a corrente geral: I = P/V.

Com esse valor de corrente você tem o valor mínimo de corrente que define o seu disjuntor. Consulte a tabela do fabricante que você escolher e encontre o disjuntor geral da sua instalação!

Tipos de disjuntor geral

Disjuntor monopolar

Utilizado em instalações e circuitos que possuem apenas uma única fase, como por exemplo circuitos de iluminação e tomadas em sistemas monofásicos fase/neutro, seja com fase 127V ou 220V.

Disjuntor bipolar

Usado em circuitos ou instalações com duas fases, como circuitos com chuveiros, torneiras elétricas ou equipamentos de maior potência.

Disjuntor tripolar

Indicado para instalações e circuitos com três fases, como circuitos com motores elétricos trifásicos.

Disjuntor magnético

Existem os disjuntores magnéticos que também tem a função de proteger os equipamentos elétricos contra sobrecargas e curtos-circuitos, porém possuem uma precisão muito maior.

Disjuntor térmico

Os disjuntores térmicos interrompem o circuito elétrico assim que a detectam uma elevação da temperatura, que seja anormal. Esse tipo de disjuntor é bastante utilizado como precaução contra incêndios.

Disjuntores termomagnéticos

O disjuntor termomagnético é a junção da proteção térmica e magnética, sendo muito utilizado nas instalações elétricas residenciais e comerciais. As vantagens deste disjuntor é que pode ser usado para manobras de ligar e desligar os circuitos, proteção contra aquecimentos, curtos circuitos e sobrecargas.

Curva de disparo disjuntor geral 0—termomagnético

Além dos diversos tipos e modelos de disjuntores, eles ainda se dividem em três categorias, que existem devido à curva característica de cada modelo. As curvas definem a aplicação e as cargas que eles serão ligados. As curvas de disjuntores são B, C e D, lembrando que pela corrente ser dada em ampere (A), não existe curva característica com letra A, para não haver confusão.

Curva B:

A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que a sua corrente para que seccione o circuito seja compreendida entre 3 a 5 vezes a sua corrente nominal. Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente de pico atingir entre 30A a 50A.

Curva C:

A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que a sua corrente de ruptura seja entre 5 a 10 vezes a corrente nominal. Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando a sua corrente atingir entre 50A a 100A.

Curva D:

Já a curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que a corrente necessária para abrir o circuito esteja entre 10 a 20 vezes maior que a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando a sua corrente atingir entre 100A a 200A.

 

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